Várias armas desaparecidas do quartel de Comandos
Cerca de 350 militares estão proibidos de sair do quartel do Centro de Tropas Comandos da Carregueira, em Sintra. São todos suspeitos do desaparecimento de várias armas de calibre de guerra.
O Estado-Maior do Exército confirmou hoje a ocorrência de um "incidente com material de guerra" no quartel do Centro de Tropas Comandos, em Belas (Sintra), mas sem adiantar pormenores por o processo estar em segredo de justiça.
Num esclarecimento enviado à agência Lusa, o Estado-Maior do Exército confirma que "houve um incidente com material de guerra na unidade sita na Carregueira".
Entradas e saídas proibidas
O jornal "Correio da Manhã" noticiou hoje que desapareceram 10 armas de calibre de guerra, entre pistolas e metralhadoras, e que cerca de 350 militares estão proibidos de saírem do quartel da Carregueira.
O alerta foi dado na segunda-feira e, desde então, as entradas e saídas dos 350 militares das três companhias estão proibidas. A arrecadação de onde as armas terão sido roubadas foi revista pela última vez no dia 23 de dezembro. As armas desaparecidas são metralhadoras G3, pistolas metralhadoras HK MP5 e pistolas.
Para além de verem a sua saída proibida, os militares estão também a ser sujeitos a intensos interogatórios individuais, já que há pressa em resolver este caso, visto as armas terem muita procura no mercado negro.
A Lusa contactou o comando do Centro de Tropas Comandos, que não quis prestar qualquer declaração por estarem ainda a decorrer investigações pela Polícia Judiciária Militar no quartel.
Investigação "em segredo de justiça"
O Estado-Maior do Exército esclareceu que o comando do Centro de Tropas Comandos, ao ter conhecimento da situação, "de imediato informou a Polícia Judiciária Militar" e que "paralelamente a unidade diligenciou as suas próprias averiguações" internas.
O documento do Estado-Maior do Exército refere ainda que o Centro de Tropas Comandos iniciou uma "investigação de segurança autónoma", que contou com a "participação técnica de uma empresa afeta à área de segurança".
O Estado-Maior do Exército esclarece ainda que a Polícia Judiciária Militar "é supra Exército, depende diretamente do Ministério da Defesa Nacional", pelo que as investigações "encontram-se em segredo de justiça".
Fonte: Expresso.pt
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